Primeiro você deve verificar qual o seu perfil de risco, quais os seus objetivos, quais as suas necessidades e quando você deseja que estas necessidades sejam supridas.
Cada investidor possui um perfil de risco, que pode ser conservador, moderado ou agressivo:
-O investidor com perfil conservador pode ser comparado aos seus avós, dizendo que o mundo já não é mais o mesmo, que no tempo deles tudo era diferente. Eles são totalmente avessos ao risco, não querem se preocupar muito, não querem sofrer com as notícias diárias decrise. O investidor conservador prefere investir em fundos de renda fixa;
-O investidor com perfil moderado pode ser comparado a seus pais. Este, já está disposto a correr algum risco, porém moderado. Ele guarda dinheiro e acompanha as condições de mercado para aplicar quando a situação se mostrar favorável. Este investidor prefere aplicar seu dinheiro em fundos multimercado, aproveitando o mercado com maior rentabilidade;
-O investidor com perfil agressivo, é você na ápoca da adolescência. Ganha mesada do pai, além de dinheiro dos tios e avós. Por ter recursos sobrando, está sempre disposto a arriscar. Se algo der errado, seu patrimônio não estará comprometido totalmente. Este investidor pode se dar ao luxo de escolher um investimento que implica em risco, como as ações.
Cada investidor também possui um objetivo, com uma determinada necessidade, num horizonte de tempo para ser atingido. Exemplos:
OBJETIVO: Reserva para emergências inesperadas
NECESSIDADE: O menor risco e alta liquidez
HORIZONTE DE TEMPO: Seis meses
OBJETIVO: Reserva para a aposentadoria
NECESSIDADE: Preservar o poder de compra da moeda
HORIZONTE DE TEMPO: 15 anos
OBJETIVO: Realizar curso no exterior
NECESSIDADE: Preservar o poder de compra da moeda estrangeira
HORIZONTE DE TEMPO: 3 anos
OBJETIVO: Dobrar o capital atual
NECESSIDADE: Assumir mais risco para obter maior retorno
HORIZONTE DE TEMPO: 7 anos
Para cada um dos exemplos, existe um investimento mais adequado.
Mas qual seria?
Quando o investidor procura a melhor alternativa, de forma intuitiva ele busca a que melhor combine 3 atributos: Rentabilidade, liquidez e segurança. Sendo que sempre terá que abrir mão de pelo menos 1 destes atributos em favor de outro:
Poupança: É um investimento com rentabilidade baixa, liquidez alta e segurança alta;
Imóveis: É um investimento com rentabilidade baixa, liquidez baixa e segurança alta;
Fundos de renda fixa: É um investimento com rentabilidade moderada, liquidez alta e segurança alta;
Ações: É um investimento com rentabilidade alta, liquidez alta e segurança baixa.
Destes, rentabilidade é o mais forte atributo, mas também o mais perigoso, já que rentabilidade passada (lucro passado), não é e nem pode ser garantia de rentabilidade futura (lucro futuro).
Análise de Cenários: RISCO x RETORNO ESPERADO
Após escolher o tipo de aplicação, e verificar o seu perfil, o investidor deve ficar atento a análise de cenários que envolvem risco e retorno esperado. Neste caso, investimentos mais conservadores implicam em ganhos mais modestos. Já, pessoas com postura de investimento mais agressivas, tendem a ter rentabilidade mais elevadas, pois estão sujeitos a maiores riscos.
Exemplos:
Fundo com rentabilidade de 20% e risco de 7%
Fundo com rentabilidade de 18% e risco de 2%
O melhor cenário seria o segundo, em que o investidor teria uma boa rentabilidade para um risco menor quando se comparado ao primeiro cenário.
Cenários menos prováveis:
RENTABILIDADE ALTA x RISCO BAIXO (o melhor de todos os cenários)
RENTABILIDADE BAIXA X RISCO ALTO (o pior de todos os cenários)
Cenários mais prováveis:
RENTABILIDADE ALTA x RISCO ALTO
RENTABILIDADE BAIXA x RISCO BAIXO
Diversificar os Investimentos
Diversificar é o mesmo que você ir em uma loja de conveniência e comprar um pouco de chocolate, uns refrigerantes e uns salgadinhos. Todos vão fazer você engordar, porém, como as guloseimas são de diferentes tipos, evita o risco de você comer um só. Com os investimentos também funciona assim. Diversificando, você consegue reduzir o risco total de uma carteira de investimentos, pois preços de diferentes ativos não se movem exatamente juntos, ou na mesma direção. Ou seja, você ganha com alguns investimentos, perde com outros, mas o interessante é que no final os ganhos sejam maiores que as perdas.
Como fazer?
Levando em consideração tudo que foi dito acima, e só como forma de exemplo, os recursos poderiam ser alocados da seguinte maneira:
Câmbio: 10%
Derivativos: 10%
Ações: 20%
Renda Fixa: 60%
Certamente, o seu gerente nunca comentou sobre estas outras opções, diferentes da famosa poupança. Sabe porque? Como você, ele é um mero empregado que tem que cumprir certas metas na empresa. Uma delas é oferecer o investimento em poupança aos correntistas. Com relação as outras carteiras de investimento, o gerente só irá falar delas se for abordado, indagado. E como você é uma pessoa esperta, vai procurar se informar mais sobre estas diferentes alternativas de investimento, e da próxima vez que sentar para conversar com o engravatado, vai poder escolher as opções que mais se enquadram com o seu perfil e seus objetivos.
Bons investimentos!
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